Michel Temer (Foto: Alan Santos/Agência Brasil)

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Nota do Observatório do Clima sobre a sucessão no ICMBio

25.05.2018 - Atualizado 11.03.2024 às 08:28 |

BRASÍLIA, 25/5/2018 – A indicação de um membro do PROS para chefiar o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade vai longe demais até mesmo para um governo que tem no fisiologismo a sua essência, como é o de Michel Temer. Nesta semana, funcionários do ICMBio foram informados de que o instituto será presidido por Cairo Tavares, indicado pelo PROS, sócio de uma distribuidora de bebidas em Goiás e sem nenhuma experiência com conservação. Na busca fútil por manter algum fiapo de poder no Congresso nos últimos meses de uma administração naufragada, Temer se dispõe a entregar as 333 unidades de conservação federais – que somam 9% do território nacional – à barganha política. Ao fazê-lo, fragiliza ainda mais a proteção à natureza num momento em que as áreas protegidas se encontram sob ataque da bancada ruralista. Também dá uma banana aos compromissos internacionais do Brasil e a uma sociedade que tem direito a seus parques preservados.

O Observatório do Clima repudia a tentativa de nomear para o ICMBio o sr. Cairo Tavares, ou seus correligionários, ou qualquer pessoa sem experiência em gestão socioambiental, e se solidariza com os funcionários do instituto em sua oposição a mais esse absurdo.

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