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Nota do Observatório do Clima sobre o acordo climático bilateral China-Estados Unidos

Acordo é sinal sobre necessidade de reposicionamento do Brasil no contexto das negociações e esforços internacionais frente às mudanças climáticas

12.11.2014 - Atualizado 11.03.2024 às 08:25 |

OC, 12/11/2014

O acordo anunciado nesta madrugada por Estados Unidos e China é a notícia que o mundo estava esperando. Embora venha tarde e ainda seja insuficiente, ele mostra que os dois maiores emissores de gases de efeito estufa do planeta estão dispostos a liderar o esforço político para solucionar o maior desafio coletivo da humanidade, a mudança climática. Também injeta ânimo e senso de urgência nas negociações da ONU que ocorrem em Lima no mês que vem em preparação para a conferência de Paris, em 2015.

Essa mesma coragem e esse mesmo senso de urgência, infelizmente, têm faltado ao governo do Brasil. O país, que seis anos atrás era elogiado pela comunidade internacional por seu esforço de reduzir emissões, hoje esconde o aumento do desmatamento e dobra a aposta na energia suja. A presidente Dilma Rousseff perde, assim, mais uma oportunidade de liderar um processo que só traria oportunidades ao país.

O Observatório do Clima espera que o bom exemplo vindo de Pequim e de Washington possa inspirar nossa presidente a propor a meta de fazer as emissões brasileiras caírem após 2020 e chegarem a 800 milhões de toneladas de CO2 em 2030.

Carlos Rittl
Secretário-executivo do Observatório do Clima

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