Fonte: Instagram/ @oneplanetsummit

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Sem Brasil, mais de 50 países formam coalizão para proteger de 30% das terras e oceanos até 2030

Compromissos firmados pelos países membros da coalisão foram apresentados durante a cúpula "One Planet Summit"

12.01.2021 - Atualizado 11.03.2024 às 08:29 |

Uma coalizão de mais de 50 países se comprometeu, pouco antes do início da quarta edição do evento “One Planet Summit”, a proteger quase um terço do planeta até 2030. De acordo com os países signatários, a iniciativa é fundamental para evitar extinções em massa de plantas e animais e para garantir a produção natural de ar e água limpos. A promessa da chamada High Ambition Coalition (HAC) pela Natureza e Pessoas, que inclui o Reino Unido e países de seis continentes, se somou a outras diversas iniciativas que foram pactuadas durante da cúpula realizada na última segunda-feira (11) em Paris. Comandada pelo presidente francês Emmanuel Macron e organizada pelo Banco Mundial e pela Organização das Nações Unidas (ONU), a cúpula ocorreu em grande parte de forma virtual e sem a presença do Brasil.

Durante o evento, Elizabeth Maruma Mrema, secretária executiva da Convenção das Nações Unidas sobre Diversidade Biológica, elogiou a promessa da coalizão, mas pediu cautela: “Uma coisa é se comprometer, outra bem diferente é cumprir. Com esforços conjuntos, podemos entregar coletivamente”, afirmou.

O “One Planet Summit” é uma plataforma de compromissos para enfrentar os desafios das mudanças climáticas globais. Desde sua primeira edição, que ocorreu em 2017 (dois anos após a adoção do Acordo de Paris), o evento reúne líderes políticos, tomadores de decisão do setor privado, fundações, ONGs e cidadãos a fim de identificar e acelerar o financiamento para soluções climáticas, de biodiversidade e oceânicas.

De acordo com a organização do evento, o principal objetivo desta quarta edição foi estabelecer novos padrões de comprometimento de países com a proteção da natureza e definir o ponto central do “Acordo de Paris para a natureza”, a ser firmado na próxima Conferência das Nações Unidas pelo Clima.

Para tal, os signatários se comprometeram, além da proteção de 30% dos ecossistemas terrestres e marinhos até 2030, a destinar 30% de seu financiamento climático a projetos que protejam a biodiversidade, promover a agroecologia e investir em pesquisas sobre a conexão entre desmatamento e saúde humana. Mesmo sem a presença do Brasil no evento, um dos temas mais polêmicos do governo Bolsonaro, a Amazônia, foi abordado por líderes de diferentes países, que mencionaram o aumento do desmatamento e das queimadas. Eles reforçaram, ainda, a intenção de fechar seus mercados para exportadores que não consigam garantir que os insumos não possam gerar um desmatamento em seus locais de produção.

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