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Alertas de desmatamento sobem 68%

Índice de desmatamento na Amazônia é o maior em seis anos. Valor ainda pode aumentar com a divulgação dos dados oficiais

01.09.2015 - Atualizado 11.03.2024 às 08:26 |

O número de alertas de desmatamento na Amazônia subiu 68% entre agosto de 2014 e julho de 2015, em relação ao mesmo período entre 2013 e 2014. Os dados do Deter (Sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real) são quase os mesmos do levantamento do Imazon, que havia apontado um aumento de 63%.

Somando desmatamento – quando há corte raso na vegetação – e degradação, o índice de 5.121km² de floresta destruída é o maior em seis anos. Mato Grosso foi o estado com o maior número de alertas, somando 1.815 Km2, o equivalente a 35% do total. No Pará, foram 1.535 Km2, 29,8% do total, e em Rondônia, 769 Km2

Fonte: InfoAmazônia

Para Rômulo Batista, da Campanha da Amazônia do Greenpeace, o índice ainda deve subir.”Os sistemas de alertas não representam o total de desmatamento e nem são eficazes para pegar pequenos desmatamentos com menos de 25 hectares”, diz.

O Deter antecipa o aumento nas taxas oficiais de desmatamento. O desmatamento em pequenas áreas é contabilizado a partir do levantamento do Prodes (Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal), o sistema de monitoramento do  Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, que detecta desmatamentos menores, de até 6,25 hectares. É este o monitoramento considerado no cálculo da taxa oficial de desmatamento no Brasil.

“Com este aumento de alertas podemos esperar também um crescimento na taxa anual medida pelo Prodes”, afirma Batista. O Prodes usa outro tipo de satélite, com maior precisão de identificação do desmatamento e degradação florestal.

Fonte: InfoAmazônia

Os dados oficiais de desmatamento devem ser divulgados antes da COP 21, a Conferência do Clima das Nações Unidas, em dezembro deste ano. Para Rômulo Batista, as recentes declarações do governo brasileiro não são positivas. “Em seus últimos encontros internacionais, com o presidente dos Estados Unidos e a chanceler da Alemanha, o governo brasileiro não apresentou nenhuma ambição, limitando-se apenas a acabar com desmatamento ilegal até 2030.”

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