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Acordo sobre CO2 da aviação está em risco

Rascunho de acordo é desenhado em reunião no Canadá, mas alguns governos tentam fazer modificações no texto; até agora, adesão voluntária é menor do que meta inicial de organização

30.09.2016 - Atualizado 11.03.2024 às 08:27 |

DO WWF

As negociações para um novo acordo de controle de emissões da aviação estão por um fio em Montréal, Canadá, enquanto governos discutem a possibilidade de permitir ou não modificações no rascunho de acordo proposto, o que poderia colocar em risco o resultado das discussões.

Já que as negociações finais do Acordo de Paris não contemplaram emissões da aviação internacional, que não estavam incluídas nas metas das emissões domésticas dos países, o mundo agora espera que a Oaci (Organização da Aviação Civil Internacioal), agência especializada de aviação civil da ONU, faça um acordo firme a respeito das emissões do setor, que crescem rapidamente.

“Em Paris, líderes mundiais depositaram fé na Oaci para demandar redução de emissões da aviação internacional. A aviação mundial precisa se mobilizar e acordar um plano que atenda às demandas da ciência”, disse Lou Leonard, vice-presidente de Clima e Energia do WWF. “Sem uma participação ampla, a proposta representa um critério baixo para um acordo climático internacional.”

Até agora, 63 países optaram por participar do plano de redução de emissões da Oaci. “O relógio está correndo; a melhor maneira de fortalecer o acordo neste momento é com a participação de mais países”, afirmou Leonard.

Estimativas mostram que a participação atual dos países que se voluntariaram cobrirá apenas entre 72% e 73% do crescimento esperado de emissões de CO2 pela aviação internacional entre 2021 e 2035. Este valor está abaixo da própria meta de neutralidade de crescimento de emissões para 2020 da Oaci.

“Para se aproximar da meta da Oaci, é preciso mais participação de países de todas as regiões do mundo, incluindo a América Latina”, afirmou Roberto Troya, diretor regional do WWF latino-americana. “México, Guatemala e Costa Rica já demonstraram liderança ao sinalizar participação nas fases iniciais. Agora, todos os olhos estão voltados para os países de peso na aviação local, como Argentina e Brasil. Entrar no acordo seria consistente com os compromissos de limitar o aquecimento a 1.5ºC. O WWF encoraja este e todos os países a atuar”.

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