Energia solar fotovoltaica deve ter crescimento mais forte nesta década (Science in HD/Unsplash)

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Geração de energia renovável baterá novo recorde em 2022

Novo relatório da Agência Internacional de Energia (IEA) indica que instalações de energia limpa devem atingir um crescimento recorde de 8% na comparação com 2021

13.05.2022 - Atualizado 11.03.2024 às 08:30 |

DO OC – O mundo deverá bater um novo recorde de capacidade de geração de energia renovável em 2022. De acordo com o mais recente relatório da Agência Internacional de Energia (IEA), divulgado na última quarta-feira (11),  espera-se um aumento de 320 GW na capacidade global dessas fontes renováveis até o final do ano, o que equivale a toda a demanda de eletricidade da Alemanha ou à geração total de eletricidade da União Europeia a partir de gás natural. Segundo o documento, o número é superior ao recorde do ano passado, que foi de 295 GW, e está sendo puxado especialmente por políticas de incentivo na China, Europa e América Latina. Deste montante, a energia solar será responsável por cerca de 60% do aumento, atingindo seu melhor resultado em toda história, com o comissionamento de 190 GW e um ganho de 25% na comparação com 2021.

No documento, a IEA destaca que os acontecimentos dos últimos meses, em especial a alta dos combustíveis fósseis e a crise energética gerada pela guerra entre Rússia e Ucrânia – que evidenciou a dependência de países europeus do gás russo – estão impulsionando os governos a aumentar rapidamente suas alternativas de energia doméstica, de forma a garantir a segurança energética dos países. Soma-se a isso o crescimento na demanda global por energia. Em janeiro deste ano, a IEA havia anunciado que, em 2021, a demanda por eletricidade registrou crescimento de 6%, o maior aumento percentual desde 2010. De acordo com a agência, este cenário foi impulsionado principalmente pela rápida recuperação econômica após o primeiro ano de pandemia e pelas condições climáticas mais extremas que em 2020, incluindo um inverno mais frio que a média.

“O desenvolvimento do mercado de energia nos últimos meses – especialmente na Europa – provou mais uma vez o papel essencial das energias renováveis ​​na melhoria da segurança energética, além de sua eficácia bem estabelecida na redução de emissões”, afirmou Fatih Birol, diretor executivo da IEA.

Apesar da boa notícia, a agência avaliou que, levando em conta o atual cenário político e regulatório, o crescimento das renováveis tende a perder ritmo em 2023, “já que o progresso contínuo da energia solar é compensado por um declínio de 40% na expansão da energia hidrelétrica e poucas adições na geração eólica”. O documento indica ainda que, nos Estados Unidos, os números estão aquém daqueles projetados no início do ano, o que seria um reflexo da instabilidade econômica e de problemas políticos associados à importação de equipamentos fotovoltaicos da China.

“Reduzir a burocracia, acelerar as permissões e fornecer os incentivos certos para uma implantação mais rápida de energias renováveis ​​são algumas das ações mais importantes que os governos podem tomar para enfrentar os desafios atuais de segurança energética e mercado, mantendo viva a possibilidade de alcançar nossas metas climáticas internacionais”, destacou Birol.

 

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