A 23a Conferência das Partes da Convenção do Clima das Nações Unidas começa nesta segunda-feira (6/11) em Bonn, Alemanha, com a missão de avançar no desenho do livro de regras do Acordo de Paris. É a primeira COP presidida por uma nação insular do Pacífico, Fiji, cuja própria existência é ameaçada pelo aumento do nível do mar em decorrência do aquecimento global. É também a primeira COP a ocorrer depois do anúncio da saída dos EUA do Acordo de Paris.

O Brasil chega à reunião com dupla personalidade: progressista do ponto de vista da negociação, com seus diplomatas dispostos a sair dela com um desenho do manual de implementação do acordo; mas tragicamente regressivo do ponto de vista da política interna, e com a maior alta em suas emissões em 13 anos.

Veja aqui o que o Observatório do Clima espera da “COP do Pacífico” e do Brasil.

[Baixe aqui o documento de expectativas do OC]

O QUE FIJI-BONN PRECISA ENTREGAR
O CONTEXTO NACIONAL – RETROCESSOS EM SÉRIE

O Brasil tentará vender a redução de 16% na taxa de desmatamento em 2017 como uma grande conquista e um sinal de que o país está no rumo certo do Acordo de Paris. Esse discurso é fragilizado por uma série de fatores:

O QUE O OC ESPERA DO BRASIL

O Acordo de Paris exige um tremendo esforço internacional, mas o que conta de verdade é o que cada país faz dentro de casa. O OC espera que o Brasil aproveite a COP23 para alinhar discurso e prática.

EM BONN, OS REPRESENTANTES BRASILEIROS PRECISAM:
EM BRASÍLIA, O GOVERNO PRECISA: