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Petit Comité – despachos da conferência do clima de Paris

03.12.2015 - Atualizado 11.03.2024 às 08:27 |

3 de dezembro

PEDALADA
Pressionados pelos países em desenvolvimento, os países desenvolvidos enfim produziram um “mapa do caminho” para o financiamento climático, dizendo como chegarão à cifra de US$ 100 bilhões por ano até 2020. No entanto, eles basearam sua metodologia num controverso relatório da OCDE que contabiliza empréstimos privados e verbas preexistentes para afirmar que já há US$ 62 bilhões disponíveis – e que os países em desenvolvimento rejeitam.

ABAFA
Temendo a reação dos países pobres, que já estrilaram na quarta-feira justamente por causa do nó do financiamento, a presidência francesa da COP21 mandou segurar a publicação do mapa do caminho por mais alguns dias.

ALGO DE PODRE…
A rede de ONGs Climate Action Network concedeu o antiprêmio Fóssil do Dia desta quinta-feira à Dinamarca. Segundo a CAN, o país nórdico, que tem uma das políticas de clima mais progressistas do mundo, tem recuado de várias delas depois que o governo liberal chegou ao poder, em julho. Entre os recuos estaria o abandono da meta nacional de 40% de corte de emissões em 2020 em favor da meta europeia, de 20%.

…NO REINO DA DINAMARCA
O país também projeta cortar o financiamento climático de US$ 72 milhões para US$ 39 milhões em 2016. “Mal dá para comprar um café em Copenhague com esse dinheiro”, disse o apresentador do prêmio.

SUJEITO OCULTO
A coordenadora do G77, a sul-africana Nozipho Mxakato-Diseko, entreteve jornalistas nesta quinta-feira a ilustrar com um exemplo doméstico por que o bloco dos países em desenvolvimento é contra a expressão “países em posição de fazê-lo” no capítulo de finanças do Acordo de Paris: “Quando eu mando meus filhos limparem a casa, eu digo, John, limpe o quarto, Grace, lave a louça. Não há um outro alguém ‘em posição de fazê-lo’ que vai passar pano no chão. Eu preciso que alguém se responsabilize”!

ONIPRESENTE
O prefeito de Mariana, Duarte Júnior (PPS), disse que o desastre da Samarco, que matou duas dezenas de pessoas e foi chamado pela presidente Dilma Rousseff de o pior desastre ambiental da história do Brasil, não foi pior porque “graças a Deus, Deus estava lá”.

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