Presidente de comissão promete adiar votação de PEC 215 por dois meses
Ruralistas elegem presidente e vice presidente e nomeiam relator de comissão que vai analisar proposta que pretende transferir do governo federal para o Congresso a atribuição de oficializar áreas protegidas
Oswaldo Braga de Souza, ISA
Logo depois de ser eleito presidente da Comissão Especial que vai analisar a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 215, o deputado Nílson Leitão (PSDB-MT) prometeu deixar aberto o debate sobre o projeto por pelo menos 60 dias.
Como se não bastasse a ampla maioria ruralista na comissão, logo que assumiu a presidência, Leitão nomeou o deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR) como relator e Valdir Colatto (PMDB-SC) como sub relator. Nelson Marquezelli (PP-SP) foi eleito vice presidente. Todos são ativos deputados ruralistas. Leitão prometeu deixar aberto o debate sobre o projeto por pelo menos 60 dias. Se a promessa for cumprida, a votação do projeto será adiada por esse prazo.
O Planalto não deu nenhum sinal de interferir na eleição, apesar de afirmar ser contra a PEC 215. A informação que circula entre parlamentares socioambientalistas é que a defesa dos direitos indígenas é uma das primeiras bandeiras a ser deixada de lado pelo governo no momento em que é pressionado por sua base aliada, em especial o PMDB, de grande instabilidade política.
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